Páginas

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

De encontro ao mundo!

Olá a todos!!

Hoje são 05 de Outubro, às 23h do nosso quinto dia na terrinha.

A viagem foi um tanto quanto arrasadora: 11 horas sentada numa poltrona relativamente pequena, com comida de astronauta, assistindo "O Homem que copiava" em francês (!), e ainda esperamos quase 5 horas para embarcar no segundo vôo, voar mais duas horas e meia voltando um fuso horário - depois de ter voado cinco pra frente - sem dormir e com receio sobre a Imigração...

Ao chegarmos no aeroporto de Paris (Sim, ela existe!!), que é um mundo, recebemos apenas um carimbo e fomos para um outro terminal esperar o vôo para Lisboa. Vimos de tudo no aeroporto. Gente indo, vindo, correndo, com malas, mochilões, crianças, velhinhos, de tudo.

Chegamos finalmente ao nosso destino, e, pasmem, não nos fizeram nenhuma pergunta! O vôo vindo de Paris é considerado doméstico, então a responsabilidade de triagem é transferida para o país por onde entramos - a França no caso - onde as palavras trocadas foram apenas Bom dia, e Muito obrigado. Agora mais tranqüilos tratamos de ir para o hotel morrer, porque descansar apenas não seria suficiente. Antes, na fila para o táxi, fui comprar uma água numa lanchonete, e todos os atendentes eram brasileiros!
Observações: O banheiro do aeroporto é esquisitíssimo. A louça não tem tábua de assento e a descarga é no pé. 
As pessoas, principalmente em Paris, se vestem muito parecidas com no Brasil. Até mesmo com roupas coloridíssimas e decotes. Até uns japas com uma moda tipo ‘Emo’, passeando pra lá e pra cá.
Momento Concierge na minha vida: Mesmo quase morrendo de passar mal, depois de um vôo péssimo cheio de turbulência e um pouso traumático França – Portugal, meu DNA do Turismo não deixa de agir, né... À minha frente no avião veio uma senhora alemã maior que o Maguila, e na saída ela tentou perguntar à aeromoça sobre sua bagagem. A aeromoça da Air France não conseguia entendê-la com seu francês e inglês e a senhora com seu alemão. Me senti na obrigação de ajudá-las. Eu tentando explicar em inglês pra senhora o que era um tíquete de bagagem – mostrando o meu – e a aeromoça sem conseguir nem acalmá-la nem explicar nada... No final das contas ela se conformou que deveria ter prestado mais atenção aos papéis e que teria que ir na sorte de encontrar sua mala, e a aeromoça a torcer que a bagagem tivesse realmente chegado a Lisboa, pois o vôo era com conexão, e nesse caso, como foi o nosso, a bagagem vem direto e não no avião em questão. “Tomara que realmente tenha vindo pra cá... depois você me avisa!”, brincou ela comigo, já que a senhora não entendia nada mesmo...
No embarque entre Paris e Lisboa a organização era péssima, pior que no Brasil. Um funcionário fazia o serviço de cinco, a atendente não falava nada que não fosse francês, e não pôde me informar como era o check in do vôo – auto-atendimento numa máquina – eu que me virasse, né!
Nos registramos e aquele final de dia apenas descansamos – passei muito mal até domingo de manhã. Pra se ter uma idéia desde que saímos do Brasil, e passamos pela comida de astronauta, comi apenas uma salada! Era só o que dava.
Sábado. Ainda não nos restabelecemos, e levantamos 11:30h – o pequeno almoço termina às 12h, graças a Deus!!! Resolvemos então passear por Lisboa. Saímos a andar no entorno do hotel, meio perdidos, entre muitos prédios comercias, sem movimento, pois era final de semana, o que resultou algumas das fotos já postadas (E eu morrendo!). Encontramos então uma estação de metrô, e nela entramos sem rumo. Seguimos as instruções do mapa da estação e fomos. Aqui os guichês trabalham por um tempo limitado, então todo o processo de compra do cartão e viagem (Carregamento do crédito, por assim dizer), é feito numa máquina como um caixa eletrônico. Descemos em Baixo-Chiado, sem nem saber onde estávamos e saímos a andar. Passamos pelo Largo de Luis de Camões, Igreja de Nosso Sr. Jesus, Assembléia da República, Basílica da Estrela – lindíssima – Parque da Estrela. Passeamos de Elétrico, e chegamos à Praça do Comércio e Ministério da Justiça.
A cidade é lindíssima e muito clara. O sol aqui brilha muito e nos deixa a não enxergar quase nada. Aqui o sol se põe agora, no Outono, às 19:40h.
Observações:
Almoçamos no centro, num lugar bem turístico, com pessoas de todos os lugares. Sandro comeu uma Picanha à Brasileira, com feijão e tudo; eu pedi um Bife de Vazia, como se fosse um contra-filé, que também estava ótimo.
Aqui encontramos brasileiros aos montes, não apenas passeando, mas trabalhando e vivendo aqui. Mas o que mais impressiona são os franceses e alemães! Alemães então! Nossa, tem mais deles aqui do que na própria Alemanha! Isso sem contar os milhares de outros idiomas que ouvimos, e muitos que nem sequer conseguimos identificar!
Domingo eu ainda não era ninguém e levantamos depois de 12h, resolvemos sair depois de 14h, pois chovia no país todo. Decidimos pegar o metrô e fomos para o shopping da cidade, o Centro Comercial Vasco da Gama. A estação é conectada ao shopping e é monstruosa, e tem conexão com linhas de trem e alguns ônibus.
Passeamos, comemos – encontramos vários brasileiros – e andamos enlouquecidos pelo Parque do Tejo, pois a chuva cessou. Andamos feito camelos! Parece até que temos parentesco com Tuaregs! Mas o passeio resultou em fotos muito lindas.
Entramos pela primeira vez em um supermercado – tudo bem que era de um bairro chique, mas ainda assim a diferença em alguns itens é brutal; a água de 2 litros que no hotel custa E$ 2, no mercado não passa de E$0,70 – e ficamos impressionados com muitas coisas que temos em comum. Aqui vende suco Jandaia e cerveja Skol no mercado! E a Unilever vai realmente dominar o mundo. Os potes de xampu e condicionador, por exemplo, são vendidos aos litros. Azeite vem em galão de 5 litros e custa E$3!!!!! Foi bem divertido, compramos um pãozinho pra matar as saudades de casa, e continuamos a andar.
Obviamente chegamos ao hotel mais mortos ainda. Todas as noites por volta de 22-24h daqui – são 4 horas a mais que no Brasil, sendo 18-20h aí – entramos na internet e atualizamos da maneira que podemos no lobby do hotel, que nos dá acesso a internet banda larga gratuito.
Outra observação: aqui a provisão de internet, com o Combo que conhecemos do Brasil, com acesso de 600 MEGA tem o custo de E$ 20... chega a ser triste... E funciona maravilhosamente. O serviço de telefone também é incrível. Até mesmo no hotel, que costuma ser mais caro, nossa ligação mais cara ficou em E$1.
Ontem, Segunda, fomos a Cascais, que deverá ser nossa nova morada. É como uma vila. São bairros, distritos, que pertencem à Lisboa, e distam em 30 minutos de Comboio – trem. Esses distritos são Cascais, Estoril, Carcavelos, Oeiras, Caxias, Parede, e assim vai.
Os Comboios são um caso à parte. Limpos, organizados, e ultra pontuais. E vão beirando o mar, com um visual lindo.
Conhecemos o centro de Cascais à pé e alguns de seus pontos turísticos. Também é um lugar lindo. Comemos nosso primeiro Bacalhau na Terrinha, muito bem servido e nem tão caro, principalmente para ponto turístico. Ultra super aprovado, e aqui poder tomar o azeite na garrafa que ninguém acha estranho!! Rrss.
Fomos ao shopping de Cascais – o Cascais Villa – para encontrar o primo do Sandro, que nos tem ajudado muito por aqui. Depois de tomarmos um café, que estava até razoável – coisa que ainda não consegui encontrar aqui, um café bom (Ai, que saudade do café da D. Regina!) – ele resolveu fazer um passeio turístico conosco, e nos levou no Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa. Este é o ponto em que estaremos mais perto do Brasil por enquanto – até porque ninguém me convence a encarar mais 11h de vôo tão cedo!
O lugar é lindo, com um Pôr-do-sol maravilhoso. Fotos também já postadas.
Voltamos ao hotel tarde, mas não sem antes dar um OI para os familiares. São muitas informações a atualizar e também a absorver.
Hoje, Terça, é feriado nacional, pois é centenário da República. Isto foi em parte bom e em parte ruim. Ruim porque nos comeu dois dias, e bom pois além de conseguirmos nos refazer, pudemos também conhecer já um pouco da cidade e pegar muitas informações valiosas.
Enfim, fomos intimados a um churrasco na casa do primo do Sandro – que, diga-se de passagem, é uma graça de lugar, amplo, aconchegante e bem localizado. Compramos um chip de celular para voltarmos a estar conectados com o mundo, e passamos o dia a conversar com ele, sua namorada – aqui as coisas são bem separadas; apesar de morarem juntos há alguns anos, esposa só depois de papel passado – e um casal de brasileiros (Óh) amigos deles que também nos deram ótimas informações. Comemos feijão, arroz, carne e salada, tudo numa tentativa bem brasileira, porque ainda num esforço, as coisas aqui são diferentes daí.
Ao final do dia, para encerrarmos fomos conhecer um lugar que estava na nossa lista, a Pastelaria de Belém. Confesso que não gostava desse doce, pois no Brasil é gorduroso e também tem gosto muito forte de ovos. O daqui é incrivelmente delicioso. E o lugar também é lindo. Encerrou-se mais um dia com os contatos familiares... e um descanso necessário depois de tanto conhecimento adquirido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário